India, uma introdução

segunda-feira, novembro 21, 2016



Na Bahia tem uma expressão ótima, que é muito usada pelos soteropolitanos porque serve para milhares de situação dessa nossa vida dura: “barril”. Barril é uma situação ou coisa difícil, problemática, arriscada ou perigosa.

A imagem é daqui

Geralmente, “barril” é o usado na expressão “não vá que é barril”, como conselho para o ouvinte não se meter com determinada pessoa, lugar ou situação que vai dar problema.

Então eu não achei melhor jeito de começar a falar da Índia aqui no blog do que com essa expressão, que resume todos os meus sentimentos confusos e complexos sobre o país: “não vá que é barril”.

Refletindo sobre onde eu fui me meter...

A Índia é um barril dobrado. É suja, muito barulhenta, fedorenta na maior parte das vezes, é quente como o inferno nos lugares quentes, é complexa nas suas regras de convivência e funcionamento, é contraditória, muvucada, cheia de miséria e de pobreza. Na maioria das vezes, exige muito de nós – mais do que estamos dispostos a dar em uma viagem de férias. Mais paciência, mais compreensão, mais empatia, mais espírito esportivo...

Tudo acontecendo ao mesmo tempo em um dos acessos ao rio Ganges, em Varanasi.

Mas, em compensação, a India oferece um monte de coisas diferentes também. É aquele tipo de viagem sobre a qual você fica pensando um tempão depois, sabe como é? Durante nossa jornada, todos os dias conversávamos um pouco sobre as coisas que vimos, ouvimos ou sentimos durante nossas andanças pelo país. Sempre tinha uma coisa que nos intrigava, desafiava, nos irritava (rs), nos fazia refletir... É uma viagem rica, cheia de camadas, que nos transforma um pouco como viajantes e como pessoas.

A fé, tão presente na vida indiana, e tão misteriosa pra mim
Não foi aquela viagem *gostosinha*. Mas foi massa, foi divertida, foi doida (de um jeito bom). A gente ria dos perrengues, refletia sobre nossos incômodos, se surpreendia e se encantava com as diferenças.

Eu sabia que ia ser um barril, mas fui mesmo assim #quemnunca. E, olha, não me arrependo não. Até recomendo para aqueles viajantes de coração aberto, que estão buscando, além de descanso e beleza, aprendizado e desafio em suas viagens.

Então, vamos começar nossa série de posts sobre a Índia, mas eu precisava escrever essa introdução. Depois não diga que eu não avisei.
Miga, tô te dando a dica.


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