Mas, ah, a vida taí pra fazer a gente pagar a língua, mudar de idéia, rever (pre)conceitos. Confesso que gostei de ficar num resort. Claro que o fato de estar numa ilhota sem na-da pra fazer (nem tem vila, meu povo!) acalmou bastante meu desejo de correr beco. É mais fácil ficar o dia todo alternando praia - piscina - praia - piscina quando o custo de oportunidade é mais baixo. O cansaço da vida adulta, essa vontade de fazer nada e cochilar na cadeira de sol, também contaram bastante pra que eu achasse o esquema legal [apesar das dancinhas em volta da piscina ao som de "kuduro" :-)].
Havia apenas 6 hotéis de Cayo Largo revisados no Tripadvisor. Os mais bem avaliados, Sol Pelicano e Sol Cayo Largo, pareciam hotéis de padrão bastante semelhante: enquanto algumas pessoas preferiam a praia do Sol Pelicano, outras achavam que a infra-estrutura do Sol Cayo Largo era melhor...
Ficamos no Sol Cayo Largo e fizemos a reserva no site do hotel. O Sol Cayo é enorme: são 296 quartos, 3 restaurantes, 3 bares e 1 cafeteria. O resort é 4 estrelas, tudo incluído. Mas é um 4 estrelas de Cuba, então não dá para esperar o mesmo padrão que a gente encontra em hotéis dessa categoria no resto do mundo. Levando isso em consideração, acho que é um ótimo local para ficar e recomendaria para qualquer pessoa.
Quartos
Os quartos, espaçosos e confortáveis, ficam em chalés espalhados pelo resort. Sugiro evitar ficar nos chalés em volta da piscina, porque o furdunço é sempre maior por ali. O banheiro e o chuveiro (esse item precioso! :-)) eram ótimos!
Infra-estrutura e lazer
A área da piscina é bem grande e bonita. Tem um snack bar ao lado da piscina e um bar molhado, com banquinhos dentro da água. Dava pra ficar por ali, bem fresquinho, só bebericando (se você aguentar tomar aquelas bebidas, mas isso é avaliação de outro item). As áreas comuns do resort são cheias de cantinhos e espaços fofos e aconchegantes para relaxar.
No "centro de bem estar" dá pra encontrar serviços como massagistas, manicure, com pagamento à parte. Nesse mesmo espaço, tinha uma hidromassagem delícia, que a gente ia no final da tarde, quando o sol dava uma trégua!
O hotel disponibiliza transporte para outras praias durante a manhã, em horários fixos, e de volta para o hotel, no final da tarde.
Olha a piscina, que delícia! Na última foto, dá pra ver o snack bar à direita e, no fundo, o bar molhado. |
Serviço
Staff nada simpático, mas o serviço era rápido e, na maioria das vezes, eficiente.
Praia
O hotel não é exatamente pé na areia, mas a praia ficava a poucos metros de distância. Adorei o mar em frente ao resort, nem calminho, nem revoltado. E é Caribe, né? Não tem como ser ruim. Também há um bar do hotel na praia, que serve drinks, e dá pra curtir o sistema all inclusive mesmo ali. A primeira foto do post é da praia em frente ao hotel.
Comida
É bem ruim. E eu não sou fresca, tenho estômago de avestruz e me jogo em aventuras gastronômicas. Mas essa daí foi difícil: não porque é diferente ou feia. É sem sabor, é gordurosa. Feita sem amor, sabe? Tinha poucas frutas frescas, que é uma das melhores coisas que a culinária cubana pode te oferecer. Em geral, a gente só encontrava no buffet do café da manhã goiaba esbranquiçada e, às vezes, laranja. Salada fresca eu não vi. Só aqueles legumes de latinha, sabe? Cruz credo. Até os drinks eram ruins, não sei como conseguiam a façanha...
Mas a gente foi levando, à base do ótimo omelete do café da manhã, das massas + molho feito na hora estilo Spoleto e sanduíche de atum do Snack bar da piscina. Mas não é exatamente isso que a gente espera de nossa alimentação nas férias, né?
O resort tem três restaurantes. Em dois deles, é preciso fazer reserva. Apesar do site informar que os restaurantes abrem todos os dias da semana, não foi isso que vimos lá. Um deles abria nas segundas, quartas e sextas e outro abria terças e quintas. Conseguimos uma reserva para o Ranchón Lindarena, que ficava na praia do hotel, com uma localização e vista maravilhosas. Mas a comida é exatamente a mesma do buffet...